terça-feira, 21 de agosto de 2012

Síndrome da Segunda Feira

Agora a novidade é a Síndrome de Segunda Feira. Síndrome é um grupode sinais e sintomas associados a uma mesma patologia, no nosso caso está caracterizado por:
- Febre persistente
- Coriza
- Muito choro
- Muita manha
- Quedas auto provocadas
- Brinquedos voadores

Este sintomas tem início no domingo a noite junto com a músiquinha do Fantástico e são agravados na segunda feira pela manhã as vezes com piora no decorrer do dia.

Foi exatamente isso que aconteceu este final de semana, domingo a noite fui arrumar a mochila para o dia seguinte e o show começou, a febre chegou segunda, no meio da tarde e se alongou para a noite. Acabamos no PS para verificação. Uma inalação, bem vinda com esse tempo seco, antitérmico e colo foi o tratamento.

Ninoca dormiu agarradona no meu braço a noite toda, enrolou brincando pela manhã até a hora de sair para a escola.... Imagina "O escândalo" agora aumenta o som. Foi assim que chegamos na porta da escola.

Tenho conversado com professores e outras mães, não me sinto culpada nem responsável mas sofro por saber que ela está sofrendo.

O tratamento?
Muita conversa, amor e carinho.

Tenho receido do que será daqui uns dias com o pai viajando por uma semana.... Não posso faltar todos os dias na faculdade para ficar com ela. Teremos que superar isso logo.

Alguma sugestão???

Beijos nossos

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Não queria ter filhos e hoje sou pai.

Bom, há mais ou menos 2 anos descobri que iria ser pai, posso dizer que não foi uma notícia que me agradou muito, primeiro por não estar em uma situação financeira muito boa na época, e segundo por eu não querer ter filhos. Sempre fui uma pessoa muito egoista para doar o meu tempo à uma outra pessoa.

Com o passar do tempo vieram os ultrassons, no começo achei um saco, não conseguia ver nada além de uma pequena mancha na tela, e um som que para mim era mais parecido com um zumbido do que um coração batendo… Sem falar na euforia irritante das amigas da Tati (minha esposa), gritando e ligando querendo saber como ela estava, se o bebe estava bem etc. Eu ali querendo falar bobagens, beber com os meus amigos, jogar e ver futebol, e o que eu mais ouvia era: - É menino ou menina?

Juro até cheguei a pensar em me separar, assim viveria longe e só… Mas foi ai que a minha ficha caiu… Eu nunca mais estaria sozinho no mundo. Eu teria um pequeno ser que dependia de mim.

Após uma semana veio mais um Ultrassom, o qual infelizmente não pude ir, quando a Tati me liga para me dizer como tinha sido, ela diz: Amor é uma menina. Puts uma menina!! Fiquei quieto no telefone… É claro, todo homem quer um menino, mas ok, se era para ser assim que ela venha com saúde. Foi o que eu disse à Tati, pelo menos eu acho que disse isso. Rs!

Com o passar do tempo a barriga da Tati foi crescendo, e eu ficando cada vez mais perito em Ultrassom, fizemos pelo menos 15, em toda gravidez. Posso dizer, sem pestanejar, em qual possição o bebe está, se o batimento cardiaco está legal, etc...etc...etc.

Quando o grande dia chegou, eu estava mais nervoso do qualquer outra pessoa no mundo, queria muito pegar minha filha, e cola-la no meu colo. Logo a cirurgia começou, e claro acompanhei tudo, filmei a ANITA saindo da barriga da Tati e tudo mais (Obs.: Não sei da onde tirei tanta força, odeio sangue!). Após  os exames padrão (Altura, peso, respiração, batimento cardiaco, entre outros), subimos ao berçario, até achei normal, porém a médica disse que a ANITA, ficaria pelo menos um dia na encubadora por um pequeno problema respiratório

Foi após essa conversa que eu descobri o que é ser pai. Eu não era a coisa mais importante, mas sim uma pequena pessoa frágil e linda, a qual acabara de nascer.

Com o tempo esse amor só foi crescendo, e hoje eu tenho certeza que uma pessoa de 81cm manda em mim; Que ela me faz ter a garra, que nunca tive; A vontade que poucos têm; E o desejo de ser sempre uma pessoa melhor.

Minha pequena (Anita) obrigado por eu ser seu PAI.


PS: texto escrito pelo Léo, o pai da Anita em homenagem ao dia dele!!!

 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Leite é Amor!

Este é meu primeiro post como blogagem coletiva e confesso que estou um pouco envergonhada.
O objetivo é falar de aleitamento e leite mesmo.

Como já contei algumas vezes amamentei a Anita exclusivamento no peito até os 6 meses e posso dizer que não foi fácil mas a sensação única de alimentar e tudo mais que envolveu a alimentação compensou cada segundo e cada centavo.

Não vou listar aqui os benefícios da amamentação mas que é mais barato que a lata de leite, que faz a gente perder peso, fortelece o vínculo mãe-bebê isso é bem verdade.

Meu parto foi uma cesárea antecipada, a Ninoca nasceu com 36 semanas de gestação e acho que meu leite demorou um pouco para entender este processo todo, na maternidade não sei bem o que acontece e eu toda atordoada com tantas informações ao mesmo tempo nem me liguei nos intervalos das mamadas.

Resultado da primeira noite em casa foi uma crise de choro tamanha que nos fez voltar ao hospital para ouvir do "fofo"pediatra do plantão que o problema do bebê era fome. Uma enfermeira me ajudou a amamentar a voltamos para casa. Mas não acabou aqui.

Demoramos mais de um mês para nos acertar, a Anita entender como mama, ganhar força para sugar e eu encontrar um médico que me desse uma medicação que favorecesse o aleitamento.

Questões resolvidas e a paixão pela amamentação só cresceu, não nego que haviam dias em que eu me sentia literalmente sugada, esvaziada de energia, minha espressão abatida era inegável mas eu estava feliz!

Meus tops explodiam tamanho o meu seio mas não tinha leite para dar e dar (jamais venderia) o que de certa forma foi uma frustração. Adotei uma moda que confesso ainda não ter abandonado, ainda uso aquelas regatinhas de lycra por baixo da camiseta na mesma cor da roupa. Meu uniforme era branco, preto e cinza.

Entrei na onda da amamentação de cabeça e com apoio da família amamentava em qualquer lugar mesmo, nunca cobri o rosto da Anita afinal não gostaria de comer um hamburguer com um pano na minha cara! Apenas cobria o meu seio em respeito ao meu marido.

Algumas vezes amamentar em público nos fez ser a atração local, principalmente com crianças o que me fez pensar como elas haviam sido amamentadas por suas reações tão diferentes. Também observei que as pessoas que mais olhavam, comentavam e talvez julgavam eras as mulheres. Nunca flagrei nenhum homem me encarando enquanto amamentava.... Mais um ponto a se pensar...

Assim foram um pouco mais de 6 felizes meses, pouco para algo tão intenso e que não volta mais. Não tenho saudades das dentadas, contei que os primeiros dentes da Anita apareceram com apenas 4 meses? Mas essa parte deixa pra lá.

Tive o privilégio de ter um marido que me apoiou na decisão de prolongar a amamentação e (não sei se sorte ou azar) uma certa dificuldade de me recolocar no mercado de trabalho o que me permitiu estender este tempo o quanto o meu corpo permitiu. Parei de amamentar quando o meu corpo parou de produzir leite.

Nesse meio tempo descobrimos o refluxo da Ninoca e a possível intolerância a lactose o que me fez passar longe do leite por um bom tempo.

Mas o cuidado de mãe com o leite não acabou quando parei de amamentar, testamos varias marcas até acertar um leite especial o Neocate que não tenho condições de comprar, assim todo mês vou a um posto retirar o leite fornecido pelo governo.

A Ninoca hoje já come tudo, mas a hora da mamadeira ainda é especial. Um momento de colo e carinho normalmente seguido da soneca.

Acho que a amamentação é mais que um simples ato de amor ou alimentação. É o primeiro e como tal tem sua importância mais que dobrada, vai servir de exemplo para todas as futuras experiências dela e até onde sei a gente come e ama todo dia.



"Esse post faz parte da Blogagem Coletiva com objetivo de incentivar a doação de leite materno aos Bancos de Leite. Saiba mais informações de como doar clicando no selinho!"www.mildicasdemae.com.br

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Mães em Guerra

Mães em Guerra é o nome de um livro que aproveitei para degustar no meu recente tempo livre. Sou super fã de livros (f)úteis para desanuviar um pouco e este foi um achado de banca de jornal que me conquistou.

Sabe quando parece  que a autora não fala para você, mas ela fala de você?
Foi assim, mudando um nome aqui outro ali me identifiquei total com várias situações relatadas, desde as caras feias para algumas roupas escolhidas para a Anita até a expectativa da futura escola.
São essas coisas dramáticas que fazem parte do nosso cotidiano de mãe que eu amo!!!!
Ler o livro me fez lembrar de várias situações que vivi desde a gravidez quando minha barriga parecia abrigar um filhote de Jubarte até o recente papo na porta da escola onde fiquei sabendo do tempo de espera para vaga no ensino fundamental (1 série para quem é da turma antiga como eu) que chega a ser de mais de um ano para tentar a sorte no sorteio das 30 vagas oferecidas.

Outro dia, brincando com a Anita e minha mãe na praça aqui perto, aproveitamos a vaga no balanço para estreiar a brincadeira. No balanço ao lado uma mãe com sua filha também brincavam, acabou rolando aquele papo de pracinha, elogios para cá, pensamentos malignos para lá... Segue o diálogo:
- Que linda, como balança alto. Quanto tempo ela tem? - Minha mãe pergunta para a mãe da criança que voava alto.
- 1 ano e 11 meses, e ela já sabe as cores...
- Ah, que bacana. - Foi tudo que consegui responder antes de explodir em uma crise de risos totalmente compreendida pela minha mãe que também leu o livro.
- Alô? Tem uma criança ai???

Tenho certeza que aos 18 anos a Anita não vai se importar de não estar na lista das crianças fora da curva de crescimento e feliz com seu IMC (calcula ai, hoje ela tem 80cm e uns 11kg - Sei que você queria saber mas tinha vergonha de perguntar!!!)

Foi um ótimo reforço positivo para as minhas loucuras maternas e incentivo total para novas loucuras que virão...


Ah, te contei que fomos fazer o RG dela?
Chegamos a Praça da Sé de metrô e ela correu feliz entre as pombinhas na praça (eca!), um morador do local me perguntou se somos brasileiras, por que será?


Se quiser o livro te empresto!

Beijão nosso

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Nenê não nanou...

Ok, nenê não nanou e a mamãe desencanou.
Se eu nunca coloquei datas e limites para algumas situações com a Anita, por que eu faria isso agora com a hora de dormir?
Assumo minha parcela de responsabilidade na falta de alguns "limites". A Ninoca sempre teve uma educação mais liberal aqui em casa e as vezes sofro com a independência dela.
Não confunda isso com falta de cuidados, atenção ou amor. Pelo contrário.
Sempre incentivamos a pequena a buscar seus objetivos, sua independência, explorar os ambientes, a não grudar na barra da minha saia por medo do mundo e sim sentar pertinho de mim para curtirmos juntas o mundo, o que penso ser bem diferente.
Não é a toa que ela hoje recusa dar a mão para passear, anda sem medo pela casa, reconhece e defende seu espaço.

Observando tudo isso percebi que:
Sim, o livro (Nana nenê) é show.
Sim, preciso que ela durma no berço.
Sim, seria perfeito ela dormir sozinha.
Porém, o livro impõe um ritmo que não é meu nem dela. Resolvi ir por partes.
Não vou dizer que "consegui"porque tudo teve participação ativa dela, assim achamos que já era hora dela voltar a dormir no berço. Decisão reforçada com a volta do refluxo e a necessidade de inclinação do colchão. Também passamos a desligar a tv na hora de dormir com direito a tchau e beijo de boa noite para os Backyardigans.
Pronto, agora mais calmas e felizes com o ritual de boa noite a Anita já dormiu no berço, no escuro como previa o livro e com carinho nas costas como previa a mãe.

Essa semana começou a nova rotina no infantil com menos tempo de cochilo durante o dia o que traz mudanças para a rotina do sono partindo da própria Anita e é este ritmo que vou respeitar. O tempo de brincadeira em casa diminuiu muito já que ela chega cansada da escola.
Em relação a mamada noturna, ainda não consegui tirar e assim vamos seguindo, felizes!

Beijos nossos!!!


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Nana quem mesmo? 2 tentativa

Lá fomos nós para a segunda tentativa de dormir cada um no seu quadrado.

Consegui seguir a rotina noturna: jantar, arrumar os brinquedos, escovar os dentes, dar boa noite a todos e ir para o quarto - não acontece sempre nesta ordem mas tudo bem.

Noite passada coloquei de volta o colchão no berço, liguei a babá eletrônica e conversei com a Anita a respeito do que estava para acontecer. O mais engraçado é que eu ia falando que era hora de dormir, sonhar e no dia seguinte voltar a brincar e a Ninoca só ia concordando... - Tá, tá....ela dizia...

Mas foi só o tempo passar, o sono aumentar e ela perceber que não iria sair do berço, nem eu entrar lá com ela que a cena já esperada começou.

Passamos por algumas fases:
- a alegria da nova situação logo no início.
- o choro quando ficou sozinha no quarto por um curto período.
- o pânico quando este período se estendeu e sair do berço não era uma opção.
- a raiva - vários tapas na mãe que contrariou as orientações do livro e sentou lá pertinho e ficou na tentativa de acalmar a pequena.
- o coração partido - não consigo descrever o que me disse aquele olhar todo molhado de lágrimas que me fez chorar junto.
- os chamados de "Mamãe, mãe" em todas as formas e entonações possíveis o que me fez contrariar mais um pouco a teoria de ficar com a mão nela o tempo necessário para ela acalmar e os gritos desesperados sumirem dando lugar a um choro sentido, baixinho que durou até ela dormir.

Esta cena que me deixou sem ar, pareceu durar muito mais do que os 55 minutos reais consumidos entre entrar no berço e dormir.

Não ligo se não segui o livro, segui meu coração de mãe que não aguentou ver aquela carinha de quem não entendeu nada me chamando.

Se acabou ai nossa saga noturna? Não estava nem começando.

A Anita dormiu das 21:30hs até as 01:30hs tranquilamente até que acordou chorando e resolvi dar a mamadeira reforçada com aveia como sugeriu o pediatra. Mas não rolou, ela mamou mas algo a incomodava e não soube dizer o que era.

Mesmo dormindo ela resmungava, não conseguiu se acomodar na cama e lógico que acabou indo para o meu quadrado. Ninguém dormiu bem com ela acordando direto, cantando, chorando, se mexendo pra lá e pra cá até que ela vomitou! O leite mamado lavou a minha cama...

Como não vale chorar pelo leite derramado, muito menos pelo vomitado lá fomos nós trocar tudo e todos e tentar dormir o restinho de tempo que nos restava.

Lições da noite: 1. como uma sábia pessoa me disse quando a Anita nasceu, não se preocupe em não ouvir a pequena chorar, saiba que "até mãe surda ouve". Achei um tanto estranho na época mas é isso mesmo. Nossa audição fica toda focada lá para o berço; 2. aveia no leite pode ser indigesto; 3. Não posso desistir agora!

Ansiosa para a noite de hoje...

Beijos