quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Andei sumida por um tempo mas não parei de escrever, tem vários rascunhos precisando de mais organização para serem postados, culpa das provas da faculdade.

Essa correria foi agravada por uma virose/ gripe/ crise de bronquite/ mudança de tempo/ que virou um principio de pneumonia (?!?!?!) com direito a antibiótico e muita manha.

Tivemos um feriado e mais alguns dias em casa de molho e na volta a rotina uma surpresa: um bilhete da escola relatando o comportamento agressivo dela.

A reação em casa não foi de surpresa já que mordidas e coisas voando nós já vimos e muito, mas na escola isso foi novidade.

O coração apertou, onde foi que erramos? O que está acontecendo? Qual a mensagem que ela quer passar?

Entendo também que doente ela não deveria estar mesmo no seu melhor humor, mas como explicar para aquela pessoinha que tira a chupeta dormindo para te dar um beijo que morder não é o melhor caminho?

A outra parte da conversa foi com pai, tios e avô que acharam até certa graça nos golpes aplicados pela pequena. Concordo que também temos que dosar o quanto é importante ela saber se defender e defender seu espaço e o quanto essa pequena é abusada....

Mas quer me ver irritada é ela começar a se jogar no chão para não levar bronca, sugestões sobre o que fazer?????

Já procurei algumas academias para inscrever a nossa lutadora mas ninguém aceita pela pouca idade.

Liga Baby de MMA ai vamos nós!


A bruxa e o leão

Hoje me senti orgulhosa, resultado de muita bagunça e coisa velha guardada.

Sempre soube que um dia eu seria mãe e isso fez com que eu, que sempre valorizei as histórias das coisas, guardasse algumas peças de roupa, objetos, receitas, fantasias e mais um monte de tranqueira para quando esse momento maternidade chegasse.

O tempo passou, a maternidade chegou e com ela algumas situações que eu ainda não tinha imaginado como as atividades que acontecem na semana do dia da criança. Isso é devaneio para outro post, o importante é que essas atividades me puseram para pensar em fantasias para a Anita e numa dessas lembrei que em algum lugar existia uma sacola de fantasias de todos os tipos. Muito pó e bagunça depois achei a danada.

O meu orgulho está na animação da Anita com duas fantasias sobreviventes, uma de leão e outra de bruxa.

A de leão foi usada por mim (pasmem!) quando tinha a idade dela, uns 2 anos. A da bruxa foi da minha irmã quando ela tinha uns 4 anos mas serviu bem na pequena.

Se é a fantasia mais legal, da moda, moderna? Com certeza não, mas elas tem personalidade, história e tradição na família e isso não tem preço.

Ah, depois alguém me conta como posso lavar sem desbotar tanto as peças, ficaram todas coloridas depois de irem para o tanque!


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Culpa, Não!!!!

Resolvi escrever esse post para participar da discussão do "Culpa não!". Já falei sobre o mesmo tema outras vezes, mas acho (olha a psicóloga ai gente!) que cada vez que escevo sobre isso vou elaborando e vendo outros pontos ainda não explorados nos posts anteriores.

O tema proposto foi Maternidade X Trabalho.

Vamos lá, se me senti culpada por voltar a trabalhar? Não, não me senti.

Sempre quis que a Anita me admirasse por ser essa pessoa multifunção, assim como eu vejo a minha mãe. Isso já era pensado desde que eu tive que escolher minha profissão, escolhi a psicologia e atuação na clínica para ter esta disponibilidade de horário.

Primeira ilusão, na minha história isso não deu muito certo e acabei mudando de atuação na psicologia e encarando mais uma faculdade. Vamos voltar ao tema, ok?

Passei a gravidez afastada do trabalho, por ter uma gravidez complicada e isso sim me fez sentir uma certa culpa, culpa do que eu ainda não descobri mas já passou. Ai veio o retorno ao trabalho, esperei a Anita desmamar aos 6 meses e voltei em uma nova empresa. O que pesou foi a saudade, a nova rotina e coisas práticas. Ela foi para um berçário e a confiança que tenho no trabalho feito lá é que me deixou mais tranquila.

Tá mas e a culpa? No meu caso ela apareceu quando fui demitida.

Começou o inverno e com ele todas as "ites" possíveis o que me fez ficar de molho com a pequena em casa alguns dias, isso foi somado ao fato de eu faltar em algumas emendas de feriados já que não tinha com quem deixar a Anita. Esse foi o motivo da minha demissão.

Ai eu me senti culpada, culpada por não conseguir ser a multifunção que eu imaginei, por ter me deixado envolver em um projeto que não me respeitou como mãe, por não ter respondido algo mais mal educado a pessoa que acha que filho atrapalha sua vida profissional e não valoriza a profissional que está lá, que precisa do salário para pagar a escola e as fraldas, que tem o comprometimento total com projeto e equipe....

Enfim, como eu já disse cada vez que escrevo sobre isso o coração acalma, a culpa passa a ser algo mais racionalizado e assim um aprendizado a cada dia.

Foi muito dificil a decisão de esperar passar as férias para voltar a trabalhar, fizemos as contas e com a chegada das férias seria complicado estabelecer essa rotina multitarefa numa boa. A culpa por ficar em casa é enorme mas saber que em breve terei todo o tempo do mundo só para a Anita e ela também terá mais tempo para a mamãe, é fantástico.

Mesmo sem trabalhar não tirei a Anita da escola, lá ela já tem suas atividades, seus amigos, sua rotina.

A culpa faz parte da maternidade pelo visto e se não aparece por um lado, vem pelo outro e como alguém que tenta achar o lado bom das coisas consigo ver até com certa diversão tudo isso que passei, alguém chorar por que vai ficar em casa, ter mais tempo de estudar e cuidar da cria? Fala sério! Essa já fui eu.