quinta-feira, 22 de agosto de 2013

E o presente vai para....

Então você aproveita que esfriou e o camelô trouxe mais uma remessa super disputada daqueles protetores de orelha forradinhos e bem quentinhos.

Há uma semana você passa pela banca e namora a peça e no dia que resolve comprar só tem um rosa sendo disputado. Ganha o danado na força. Paga rápido antes que o "Rapa" passe (se você mora em SP e adora uma compra alternativa como eu já sabe como funciona), chega em casa e improvisa a melhor embalagem leva para entregar na escola mesmo pois não aguenta de tanta ansiedade...

A Anita abre, olha agradece e veste rapidamente....na boneca!!!!!!

#anitasincera

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Não foi Acidente!!!

Essa semana voltamos a discussão a respeito das leis de trânsito de nosso país, impunidade, Lei Seca, etc. Assinei a petição pelo "Viva Vitão" logo no início e espero que você tenha feito o mesmo. Se não fez ainda aproveita e faz aqui e não vamos deixar que nenhuma outra família sofra!

Por que estou falando tudo isso?

Pouca gente sabe mas quando eu estava lá pelo quinto mês de gestação da Anita, logo depois de uma fase delicada sofri um acidente de carro. Para uma pessoa em condições normais poderia ter sido considerado só um grande susto e o prejuízo material mas para alguém nas minhas condições foi mais um passeio pelo Pronto Socorro e dias de repouso.

Estávamos parados no farol quando o carro da frente dirigido por um homem completamente embriagado resolveu mudar seu caminho e assim deu ré com sua caminhonete sem se importar com que havia em seu caminho, por sorte eu estava observando a caminhonete e me preparei para o impacto e como não tinha nenhum carro atrás do nosso soltamos o freio e deixamos o carro ser empurrado.

Liguei para a polícia, houve discussão.....aquela tensão.

Quando a polícia chegou queriam me levar para o hospital, recusei. A barriga pulava, eu tinha dificuldade para respirar, liguei para meus pais que estavam lá perto e foram me buscar e assim pude ir direto ao meu médico e hospital de confiança.

O motorista bêbado foi encaminhado a delegacia, sem documento, nem nada....a burocracia nessa hora é enorme e a nossa preocupação com o bebê era maior ainda.

Difícil imaginar o que poderia ter acontecido se eu estivesse com a barriga maior já que o impacto foi forte, a adrenalina também ajudou e a Anita acelerou demais.

É nesse momento que eu não entendo mesmo como um copo de cerveja, uma dose de destilado ou qualquer coisa assim pode valer mais que uma vida, que uma boa conversa.

Você não precisa disso para se soltar, para impressionar ninguém, para ser mais ou igual aos outros. Você precisa independente se ser pai ou mãe é de responsabilidade com você mesmo!

Durante a gravidez não bebi nada alcoólico e em muitas festas pude observar, como já havia feito antes, o comportamento de quem bebe socialmente e de quem perde a linha do bom senso.

Antes de criticar a nossa justiça, que acho falha em muitos pontos sim, devemos nos atentar ao nosso livre arbítrio, a nossa própria responsabilidade.

Ainda me choca a idéia da Ninoca ter sofrido um não acidente ainda na barriga, um ato egoísta e covarde de um motorista que foi buscar mais uma cerveja.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

RETROSPECTIVA

Já era hora de eu retomar o teclado e arrumar essa casa.

A bagunça interna desta vez foi a responsável por eu acumular tanto tempo de novidades nossas e como notícia boa não para de chegar soubemos nos últimos meses que a Anita terá novos amigos (Pedrão/ Carol) e amigas (Carol/ Dani)  para brincar em breve. Alguns amigos (Julia/ Josy, outra Julia / Sharon, Pedro / Camila e mais um Pedro/ Pri),  já chegaram o que me fez repensar alguns assuntos.
Quando eu falo que repensei alguns assuntos não é de forma negativa, nem que mudei de ideia, apenas tenho hoje a experiência vivida e não só o momento, a expectativa como no primeiro post.
Acho que é por isso que temos o segundo, o terceiro filho. Aquele medo vai embora e depois de um tempo o que assustava dá lugar a uma estranha saudade.
Hoje passo por um momento em minha vida que me obrigou a rever essa trajetória dos últimos anos, a gravidez, pós parto, os primeiros meses, o desapego, a saudade, as mamadas, as fraldas, a independência, a dependência....

Assim começa minha retrospectiva.
A GRAVIDEZ - Foi difícil pra caramba. (Leia o ponto, ok?) Difícil por eu ter acabado de iniciar um novo projeto de trabalho que logo foi interrompido, repousos, internações, enjoos, tudo ficou difícil, comer, respirar, pensar.... Em 5 meses meu corpo encontrou mais de 25 kilos, isso me tirou literalmente do eixo.
O que eu faria de diferente? Se eu disser que teria me cuidado mais seria mentira, nas condições, principalmente financeiras, da época fiz o meu melhor e posso garantir que usar roupas (calcinhas, cintas, calçados, etc) adequados, ter uma boa massagista e um enorme estoque de creminhos ajudam muito.

O PARTO - Sempre sonhei com o normal, da forma mais natureba possível mas para quem teve uma gestação tão pouco tranquila quanto a minha confiar na equipe cirúrgica e no hospital escolhido foi importante. Acho que eu estava tão tranquila que tudo aconteceu da melhor forma, com as dores normais já esperadas mas nada que eu me lembre agora ou que tenha me traumatizado, cicatriz da cesárea? Quase nada!

O PÓS PARTO - Neste ponto hoje percebo que perdi muito tempo confundindo cansaço com depressão pós parto. Era um sono maior que eu, uma somatória de medos, frustrações, cansaço e alterações físicas mesmo que demorou um bom tempo para passar. O primeiro passo foi conseguir identificar, nomear o que estava acontecendo comigo e assim arrumar cada coisa em seu lugar.

OS PRIMEIROS MESES - Não foram fáceis, nem foram os mais difíceis, foram mágicos, a cada dia um nó mais apertadinho vai se formando, vamos nos descobrindo, nos reconhecendo e assim os dias começam a ganhar forma, rotina, passeios se tornam possibilidades e assim voando já se passaram 6 meses. Não tinha empregada, babá, motorista e nem dirijo, assim a Ninoca desde pequena estava acostumada a andar no canguru, pegar ônibus, fazer mercado....

O DESAPEGO - A escolha do berçário não foi traumática, a não ser no quesito financeiro. Sei que a Anita estuda em uma escola que está um pouco acima da minha realidade mas entendo isso como um investimento no bem estar e no futuro dela. Antes de decidir de vez por esta escola visitamos algumas e levei uma lista com perguntas e garimpei em blogs e grupos de mães por ai, nenhuma delas teria uma aprovação de 100% mas deixo a Anita com pessoas com quem eu confio e tenho como maior feedback a satisfação dela no final do dia, os pedidos para ir a escola nas férias e feriados e se algum dia isso mudar sei que algo aconteceu e é hora de verificar com mais atenção o que está acontecendo.
A dificuldade maior de iniciar a escola foi minha não dela, a escola me ajudou muito na rotina, no desmame, na introdução a alimentação e muito mais.

A SAUDADE - Não dá nem pra explicar, tem dia que ela dorme a tarde e a casa já fica tão silenciosamente calma e sem graça que dá até vontade de acorda-la.... Sei que isso não vai passar, vamos aprendendo a curtir este sentimento.
Atualmente ele anda bem aflorado por aqui, até comprei alguns livrinhos que tratam do assunto mas isso é para outro dia.....

AS MAMADAS - A Anita demorou uns dias para aprender a pegar certinho e meu leite também não desceu como uma cachoeira, não sei se foi por conta da cesárea antecipada, do estresse da situação ou o que mas usei alguns remédios que me ajudaram e depois foi só alegria!
A Ninoca tinha um refluxo severo e acabava ficando HORAS pendurada no peito, passei noites com ela alternando entre o peito, trocar a roupa (roupa dela, minha e do sofá ou cama) e voltar ao peito, depois de um tempo descobri que existem duas fases para o peito: a fase teta que era a das mamadas, pedaço meu de uso exclusivo da Anita 24 horas por dia em qualquer lugar ou situação e pronto! Como eu estava com o peito enorme e ele ficava muito a mostra adotei a dupla camisete / camiseta - puxa uma pra baixo e outro pra cima e almoço servido! Como ele vomitava muito, eu tinha muitas vezes que trocar de blusa no meio do passeio, assim adotei o uniforme branco e preto. Minhas camisetas eram todas brancas e pretas, assim eu trocava e ninguém percebia. Como eu ainda estava bem gordinha me sentia mais a vontade neste uniforme.
Sabe a saudade? Multiplica a enésima potência, é essa a saudade que eu tenho de amamentar, fazer algo pelo meu bebê que SÓ eu posso fazer, que não custa nada, está pronto, alí !!!! Ai que siricutico que me dá quando ainda ouço gente falando que o problema é que o peito "cai".... Tenho muito orgulho da fase em que os meus agora seios, femininos, guardados em delicados sutiens que não tem manchas de leite estão guardados e bem sustentados depois de terem cumprido sua magnífica e honrosa missão. Se não gosta de mim porque meu seio é caído, eu não gosto de você por inteiro, entendeu? Sou defensora das mamadas e das tetas até o fim!

AS FRALDAS - Relembrando alguns perrengues e coisas assim, posso dizer que São Paulo não é uma cidade Baby friendly, os shoppings sim tem excelentes espaços família, fraldários mas o mesmo não acontece nos restaurantes. Troquei muita fralda da Anita em cadeira de restaurante até tomar coragem (necessidade) e desenvolver a minha técnica de trocar no carrinho, em pé quando ela já estava mais durinha... Mas não é tarefa simples e mais ainda não é tarefa só de mãe!
Muitas vezes estes trocadores estão muito mal e porcamente colocados no banheiro feminino o que impede o pai de assumir a higiene da criança.
Ganhei praticamente todas as fraldas que usamos no primeiro ano no chá de fraldas que fiz e uma das tranqueiras mais uteis neste quesito que eu comprei foi um saquinho para jogar a fralda suja da Chicco que disfarça o cheiro e também ajuda naqueles lugares pouco preparados para a chegada de um bebê.
Das fraldas, disso ai eu não tenho saudade. Só as vezes, na hora que sento para almoçar ou jantar e sempre vem junto um mãããeee quero fazer (já sambando) xixiiiii!!!!
Larga prato, copo, garfo e sai correndo atrás da privada mais próxima.
O desfralde não foi rápido, mas enfim aconteceu. Depois de algumas crises acho que o próximo passo é pensar no desfralde noturno, mas para isso acontecer preciso que ela volte a dormir na cama dela e não na minha....hahahaha!!!

Ser mãe é muito mais do que mamadeiras e fraldas, é uma série de escolhas que na verdade você nem tem tanta escolha assim, pelo menos eu não tive...
Não acho que tenha sido ruim, acho que eu demorei para aceitar que eu não estava mais no comando, que não era mais eu quem escolhia.
Acho que eu demorei um pouco para aceitar que entre ter um trabalho e que buscar o leite especial que a Anita toma a escolha estava feita, ela é a prioridade. Mesmo me custando o trabalho.

Então hoje para mim ser mãe é ter uma parceira para sempre, ter uma responsabilidade maior eterna, um exercício diário de paciência e persistência (vai lá começar a dar papinha!), mas também é lidar com uma série de frustrações por vezes egoístas outras vezes não. Afinal não deixamos de ser nós mesmas quando criamos mais alguém. Esse é o pedaço mais difícil da missão.


Sou ansiosa por natureza, adoro festa e planejamento, ainda mais para quem vive com o orçamento apertado, não é a toa que assim que eu tive a confirmação do sexo do bebê acelerei os preparativos para o chá de fraldas e saí da maternidade com as ideias do que faria nos aniversários dela até os 5 anos....exagerada? Não, simplesmente eu!

Agora esta energia toda esta concentrada em fazer deste momento que estou vivendo com a Anita o nosso momento, não tenho problemas de escrever aqui já que a ideia do blog é compartilhar o "Livro de Memória" dela com vocês, deixando ele mais rico e saboroso com os recados e intervenções.
Nos próximos posts vou contar como estamos passando pela separação do papai e da mamãe....

Beijos nossos!!!!