sexta-feira, 23 de junho de 2017

Cama compartilhada

Sempre que leio/ ouço alguém falando sobre cama compartilhada tenho arrepios.
Já vi relatos bem embasados do quanto pode ser perigoso o bebê dormir com os pais quando é muito pequeno, existe o risco (real) de amassar e sufocar o pequeno ser durante a noite, também já li e não consigo concordar com a ideia de que a energia (sexual) do quarto pode influenciar a criança (mas uma criança na cama acaba sendo um anticoncepcional bem eficaz!), acho sim que o quarto deve ser um lugar de intimidade. Como também já li que crianças que dormem com os pais dormem mais tranquilas.
Nestas matérias sempre aparecem listados motivos pró ou contra como se fossem receitas certeiras. Como se todas as famílias,as crianças e todos os quartos fossem iguais. Grande engano!
Acho que estas matérias que sempre mostram um lado só são grandes fontes de desassossego materno e paterno também.
Você já foi lá ver a casa da família para saber quantos cômodos tem?
Conhece o quadro de saúde do fofucho envolvido para saber se justifica tal acompanhamento de pertinho?
Sabe como funciona a relação entre pais e filhos?
Se respondeu não, já entendeu né? Para de julgar aos outros e a si mesmo!
Não se julgue/ culpe se seu filho ainda dorme com você ou se dorme sozinho sem precisar de nenhum reforço extra desde as 48hs de vida, cada criança é uma e tem seu tempo de desenvolvimento.
Se o casal ou mãe percebe que está atrapalhando, esta ficando incomodado ai sim, vamos planejar (😲 oh!) esta transição e juntos trabalhar com a criança esta independência.
Por que falo isso?
Porque vejo tantas mães por ai se julgando melhores ou inferiores usando como referência uma construção tão individual que é a independência e o relacionamento com seus filhos.

Aqui a Anita dormia no berço dela até ter problemas respiratórios mais sérios com quase um ano, foi ai que por cansaço puxei o colchão dela para o meu quarto, assim dormia mais segura e tranquila com ela mais perto. Logo ela aprendeu a subir na cama.
Depois, já separada, ela veio dormir na minha cama comigo, só nos duas. Foi tão importante poder resgatar esse toque, cheiro, mimo com ela já que passava tanto tempo longe. Com o tempo a necessidade de espaço foi surgindo, ela espaçosa dormia grudada. Duas camas e continuamos dividindo o quarto. Se estava incomodado era só me dar um apartamento maior,ok?
Casa nova, vida nova, quarto novo...não foi fácil logo no início mas fomos trabalhando com ela e assim foi cada uma para o seu canto.
Ela dorme no quarto dela, acorda no meu!
Já me questionei e auto recriminei muito por isso, mas quer saber? Cansa, dói as costas no dia seguinte, as vezes tem uns puxões de cabelo mas eu amo! E o padrasto aceita importante pensar como fica a relação do casal tá?.
Ela vai bem na escola, dorme na casa de outras pessoas numa boa,brinca sozinha, mas quando vai se entregar ao sono, ao relaxamento total ela quer aproveitar esse espaço de carinho, aconchego, que é quentinho (adivinha onde vai parar a coberta?), e principalmente ele é seguro!
Se ela ainda precisa sentir que estamos ali é lá na nossa cama que ela vai ficar!
Vou acostumar mal? Não consigo ver como alguém pode ficar mal acostumado com carinho, o mundo já anda tão cruel e egoísta....
Não acredito que vá fazer dela uma criança mimada, já que aqui tem amor, afeto e não mimo indiscriminado, tem bronca, tem conversa, tem cobrança mas tem acima de tudo aceitação.


✿ IMPORTANTE: O que EU escrevo aqui é um registro das minhas experiências, não é uma indicação de como VOCÊ deve fazer. Pode ser usado como uma sugestão para você PENSAR e dai tirar as SUAS conclusões de forma mais tranquila e consciente de que as escolhas que você faz em relação ao SEU filho devem ser congruentes com suas CRENÇAS, VALORES E REALIDADE.

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