sexta-feira, 2 de junho de 2017

Então, vamos lá...

Então, vamos lá...
Já falei que a maternidade transformou minha vida. Isso é fato. O que eu demorei a identificar foi o que havia sido transformado. Com o tempo identifiquei alguns fatores.....
1. O casamento - Nunca acreditei que filho segura casamento, mas vi que o filho pode sim balançar a relação se não houver comprometimento de ambas as partes tanto para a relação do casal como para com a criança que esta ali.
2. O divórcio - Não é porque não existe mais o casal que os papeis de pai e mãe deixarão de existir, o que acontece é um reajuste de tarefas, funções.....um pai ausente, com péssimas qualidades ainda é o pai. O que acontece é que algumas funções "paternas" foram exercidas por outras pessoas que não ele. O mesmo vale para a mãe e suas funções.
3. O trabalho - Acredito que a maternidade me fez uma melhor profissional, em todos os sentidos, o que não desqualifica quem não tem filho, estou falando de mim, ok?
Aqui não falo só da clinica, porque já atuei em RH e na área comercial. Depois de ter uma filha acredito que amadureci profissionalmente, com responsabilidades, relacionamentos, escuta, paciência, resiliência e motivação. Queria trabalhar bem, no meu horário estipulado para ir logo para casa, bater metas e aumentar meu rendimento e poder proporcionar uma vida melhor a ela. Mas muitos gestores não entendem assim, e a maternidade passou a ser um entrave no meu retorno ao mercado de trabalho, principalmente no pós divorcio, Hoje a maternidade é o meu planejamento concretizado.
4. As amizades - fui a primeira da minha turma de amigas a ser mãe, nos primeiros meses me sentia um ET, depois percebi que devíamos me adequar a bebe e ela a mim e passei a levar a Anita na maior parte dos passeios no canguru mesmo. Parei quando ela começou a andar e passava mais tempo correndo com ela do que outra coisa, agora já voltamos a nossa programação normal. Temos passeios de criança mas também temos alguns mais alternativos já que acredito que aprendemos o respeito e amor pelos outros na convivência.  A maternidade que afastou algumas pessoas também me trouxe muitas novas amizades. Ter uma rede de apoio é fundamental!
5. O corpo - ah o corpo.....esse que fala nos sintomas o que a boca não tem coragem de dizer.....
A sobrecarga da gravidez tanto física como emocional foi tanta que junto "ganhei"hérnias de disco. Essa situação me obrigou a parar e pensar na vida em dois momentos fundamentais e cá estou, sem cirurgia e sem toda a carga do mundo que me obrigava a carregar nas costas.
6. O casamento - me permitir conhecer uma nova pessoa foi fácil, difícil foi encontrar quem eu me sentisse bem em apresentar para a Anita, que me transmitisse segurança e conforto. Que não fosse um invasor, um entrave ou qualquer coisa negativa na nossa relação que se reconstruía naquele momento. Nem sabia que tinha encontrado, quando a Anita sugeriu o namoro, que virou casamento com direito a uma relação de cumplicidade e confiança entre eles que só reforça o que existe entre nos.
7. A madrasta - não posso escrever aqui o que realmente penso da pessoa que um dia ocupou este papel, mas saiba que abalou e demais um ser tão doce e frágil. Então se você que me lê um dia for ocupar este papel saiba que ele é sagrado! Ele é um complemento do papel da mãe e não uma competição. Se uma mulher lhe concede este tempo incrível e a possibilidade de ser um agente formador de seu filho, no minimo respeite! O mesmo vale para padrastos tá?
8. A pessoa - incrível como na necessidade ou no amor somos capazes de fazer coisas antes inimagináveis, pode parecer bobo mas só este ano tive coragem de encarar a panela e cozinhar feijão. Tá esta foi fácil, mas cada dia é uma descoberta, uma melhoria....

Bom agora você já me conhece e daqui pode entender meu ponto de partida para a formação, criação, participação e relação com a maternidade.

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