quinta-feira, 16 de junho de 2011

Quando eu crescer...

Quando eu crescer eu quero ser.....

Não sei quantas vezes e com quantas opções diferentes eu já terminei esta frase na minha vida, tenho certeza que a Anita fará a mesma coisa, o que acho bem saudável já que nunca somos uma coisa só.

Eu, por exemplo, sou filha, irmã, esposa, cunhada, prima, amiga, psicóloga, canhota, mulher, sagitariana, mãe e mais uma infinidade de descrições mas não de definições.

Estou em um momento de tomar decisões ou pelo menos refletir sobre elas.

Sempre pensei que quando "fosse grande" teria a  minha casa, moraria sozinha, seria independente. Ok, conquistei tudo isso por um tempo e foi muito bom.

Também teria minha profissão e seria reconhecida por ela. Ok, hoje não estou fazendo aquilo que quero (será que sei o que quero? Aha, pra isso serve este post!) mas já fui bem reconhecida como psicóloga. Dei entrevistas, fiz matérias para revistas com foto e tudo e tive um retorno bem positivo de colegas e pacientes.

Mas o que eu mais queria era ter minha família. Sempre gostei de casa cheia, mesa cheia, geladeira cheia e quem foi criado ou passou lá pela rua Camerino sabe que a barriga também está sempre cheia.

Não posso dizer que está tudo completo mas tenho certeza que a Anita veio para me mostrar como minha imaginação foi muito superada pela realização. A cada dia, a cada descoberta percebo como o que tenho hoje não poderia ser imaginado. Complicado explicar isso, mas é a realidade.

Nunca consegui imaginar que seria tão bom, tão especial dividir tudo o que tenho e tudo o que sou com alguém que ainda não tem idéia de tudo o que vai imaginar, desejar e ser pela frente.

Acho que isso me fez refletir no que eu queria para mim desde criança e tudo o que conquistei até hoje. Resolvi que vou retomar a psicologia que a independência é fantástica mas não para sempre e minha família é o que me faz querer um algo a mais todos os dias.

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